Por Rosane Tomaz
A disponibilidade das informações aliada aos avanços tecnológicos provocou mudança na forma de passar a notícia dos meios de comunicação de massa. Quem trabalha nessa área percebeu que o conforto das informações instantâneas obriga o pesquisador a saber mais sobre determinado assunto, pois esse também é o desejo de quem busca informações: conhecer bem, de fonte fidedigna e ter a certeza que não há opiniões meramente apelativas.
Se o espectador assistiu, leu ou presenciou um fato que lhe chamou a atenção, seja no jornal, na revista ou no rádio, logo ele buscará mais detalhes na tela do computador através de um grande propagador da notícia, a internet. Embora seja grande a comodidade da informação através dessa ferramenta, pessoas mais tradicionais ou de personalidade mais aguçada preferem os artigo dos jornais ou as revistas especializadas em ciência, tecnologia, saúde, religião e quaisquer temas capazes de prender a atenção do estudiosos e curiosos do assunto.
Os temas são tão diversificados quanto seus o leitores. É humanamente impossível um ser saber tudo sobre medicina, por exemplo, pois essa tem várias ramificações com suas complexidades e seus interessados. O profissional da saúde se especializa num segmento, ginecologia, obstetrícia, pediatria. O profissional das notícias viu-se acuado com a demanda de informação certa e precisa procurada por leitores. Além da grande pesquisa que envolve o tema, ele tem que se atentar ao fato da tradução dos termos técnicos aos olhos leigos
A exigência da preferência individual personalizou a abordagem dos temas. Não se pode mais agrupar seres tão singulares, consumidores de informação, na mesma esfera de interesse e sede de conhecimento. Não há mais o termo globalização no sentindo de gosto pessoal. Se antigamente os textos eram voltados para os diversos segmentos da sociedade, separado por raças, credos e classes sociais, hoje essa situação não se aplica, o gosto pessoal surge de todos os segmentos porque o indivíduo sobressai qualquer título social.
A ignorância do assunto finda nas páginas da Cabelos e Cia ou nas da National Geographic, independentemente do assunto, há temas específicos para todos os gostos. Essas revistas temáticas atraem público específico, porém existem impressos com vários segmentos - saúde, educação, música – com seus leitores assíduos que não deixam de ser personalizados em sua didática e exploração das mensagens. A esse nível, não se pode comparar a forma de se falar da música do momento, na generalizada e a técnica do teclado, em uma revista homônima.
Dessa forma, não tem como saber se a revista surgiu para o segmento ou se o tema englobou os interesses de seus leitores. Para descobrir isso e lançar novos assuntos para a sociedade o pesquisador e divulgador dessas informações necessita ter base cultural e acadêmica. A importância de se estudar as comunidades, pelo menos as que mais influenciam o modo de vida da sociedade que pertencem, e suas particularidades facilitam a descoberta de seus interesses, assim como a sua história e tradição.
O desconhecimento de fatos básicos e a falta de técnica para abordar assuntos de interesse peculiar dá margem ao engano, ao erro e, consequentemente, à falta de fidelização dos leitores-consumidores. Qualquer pessoa pode escrever textos a terceiros, mas não sem embasamento teórico e vida prática.
Ser jornalista é ser responsável por aquilo que escreve e expõe às pessoas. É livre a liberdade de pensamento, mas incorrer os leitores em erro é um crime pessoal, de consciência. Escrever para vender, não informação e sim especulação, é mostrar sua própria imagem e coloca em xeque seu caráter. O pesquisador acaba se tornando o texto que redige e o leitor se agarra às suas palavras, pois ele acredita que aquilo que leu é o que toda notícia jornalística deveria ser: a pura verdade.